Precisei
atravessar um oceano, riscar meu corpo, colorir meus cabelos. Tive que
abandonar seguranças e certezas, amigos e família. Deixei para trás
emprego, casa, travesseiro, língua, lembranças e passados que não
passavam. Deixei meus amores, tantos que me deixaram um buraco. Deixei
minhas paixões, tolas, que só me fizeram ver que o buraco era eu.
Precisei me afastar de tudo o que eu amo para me amar, precisei mudar
completamente o que eu sou pra me ser. Agora o fim é capaz de
justificar todo o meio sem socorro e se torna, de um jeito doce, um novo
começo. Se o fim se dispôs a mudar para sutilmente tornar-se uma
oportunidade, sou firme para aceitar. Tanta gente, todos os dias, céu
azul e sem solidão. O ano de 2012 se foi e eu sobrevivi, sobrevivi para
viver 2013 que me aguarda. A vida me chama, quer revirar meu mundo. O
fim virou começo, e eu, me permito recomeçar.
Que a paz do branco, a
riqueza do amarelo, o vermelho da paixão e principalmente o verde da
esperança façam do meu coração um arco-íris fluorescente.
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