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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Por mais que não queira, ainda lembro...

E em noites assim, por mais que eu tente evitar, me lembro de tudo, me lembro de nós e em como gostaria de ter feito diferente. Queria tanto voltar na primeira vez que eu te vi, olharia no fundo dos seus olhos pra que você visse todos os meus medos e minhas angústias, para que mais tarde você não ficasse tão confuso e irritado por eu ser assim. Queria voltar ao primeiro beijo, talvez nem o beijasse naquele momento - mesmo que tenha sido perfeito - para que você ficasse com mais vontade de ter-me em teus braços, e assim seria ainda mais forte e intenso. Queria voltar na primeira vez que você disse: "Eu te amo", eu não te olharia com aquela cara de perdida e nem esboçaria um "eu também" tão baixinho e aparentemente falso. Podia voltar naquele dia chuvoso em que você não aceitou ficar comigo debaixo do guarda-chuva para que eu não me molhasse ainda mais, mesmo assim insistiria, te faria sair da chuva ou então fecharia o guarda-chuva e te abraçaria, um abraço molhado, mas muito verdadeiro, algo como quem diz "sempre quero estar com você, esteja frio ou calor, sol ou chuva, estarei aqui ao teu lado!". É isso que tanto quero te dizer, mas por vezes falho, talvez por medo, o medo que tanto te irrita, ou talvez por orgulho, o orgulho que você faz questão de odiar por tanto atrapalhar e influenciar no que somos hoje, e o que somos hoje? Pra mim um nada, e acredite, isso não é ser ingrata e nem nada do tipo, é porque não me permito nem ter lembranças suas. Ainda não consegui rasgar nossas fotos juntos, principalmente aquela em que tanto sorriamos por estarmos juntos, e acho que nunca conseguirei me desfazer das fotos, das cartas, dos presentes, mas está tudo guardado, guardado lá no fundo da última gaveta que jamais me atrevo abrir por saber que você está lá, por saber que parte de mim está lá também junto com você. E assim sempre será, em algum lugar por ai - ou na minha gaveta - existe o "nós", o "Eu & você", o "para sempre juntos", em algum lugar que não me darei o luxo de encontrar, pois não devo e nem posso, porque sei que vai doer novamente, e não suportarei aquela "coisa" incontrolável e que me corroía por dentro, e que levou parte da minha alegria, parte do meu sorriso. E é essa a minha eterna conclusão, nunca serei inteira, nunca serei completa, você levou parte de mim e essa parte eu não quero novamente, porque ela me lembra você, e como já disse, não posso e nem devo lembrar de você.

Por mim ,*

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