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sexta-feira, 23 de março de 2012

Trabalho em cal center sim,e aí!?!?

Hey Babies!


Hoje foi o meu primeiro dia no emprego e pra sem BEM sincera, eu amei muito. Trabalhar na TAM sempre foi um sonho pra mim, gosto de viagens e da dimensão que há em facilitar isto para as pessoas. Sou terceirizada, mas é como se fizesse parte, pois conhecerei a tam de cabo a rabo e isso, possivelmente, me dará oportunidades futuramente.

Primeiro dia só foi treinamento, conhecemos por cima as responsabilidades do nosso cargo, sobre a empresa, recebemos as apostilas e assinamos listas. Tem um fato que para mim é totalmente incomum, nas fichas você devia preencher os seguintes campos:
Nome Completo/ Nome de Guerra/ Assinatura
QUEEEE? NOME DE GUERRA??? Li umas 5 vezes, e pensei em falar a verdade "Ricardo", mas eu podia assustar, então deixei meu nome mesmo. HSUAIHSIUASHIUSH /brinks
Pra mim, o melhor de tudo em trabalhar em call center, são as pessoas, é MUITA gente, muita mesmo, vocês não são capazes de imaginar. E todo mundo louco. Chorei de rir hoje, povo biruta, ameeei!

Vou contar como foi a entrevista. Geralmente, por ser uma área totalmente discriminada, entrar pro mundo do call center é muito fácil, MAAAAS, trabalhar com a tam é outra história. Para vocês terem noção, na entrevista para o Santander, na mesma empresa que eu presto serviço hoje, de 30 candidatos que estavam na sala, apenas dois foram reprovados. Já na da Tam, quando eu cheguei havia uma média de 50 pessoas, destas, 7 foram aprovados.

A entrevista começa com uma prova de geografia, eu obviamente entrei em pânico neste momento, mas quase cai da cadeira quando ela disse "E vocês devem acertar 80% desta prova". QUEEEE??? Sofri, mas vamos lá, né!? A prova é básica, se você souber estados e suas respectivas capitais e souber onde cada qual está localizado no mapa, o resto é fichinha; caíram sim outras coisas, mas isto foi o principal. Acertei todas as questões (sintam orgulho de mim, por favor). Depois foi a prova de informática, que se resumiu em comandos do teclado e outras coisitchas, passei. A outra foi de Português, MEGA fácil. E depois redação com o tema: Reciclagem (moleza!). Depois de tudo isso foi a entrevista mesmo, junto com a analista de rh e a supervisora da operação. E fim!

Mas vim mesmo falar sobre os preconceitos com os teleoperadores. Entendam, somos pessoas como qualquer outra que trabalha para se sustentar. Qual é o problema nisto? Acredito mesmo que o preconceito venha dos próprios operadores, mas isto se espalha!

Eu, nunca tive preconceito, mas também nunca me dispus a trabalhar na área. Um dia, estava conversando com o office boy de uma empresa da qual fiz parte, sobre homens que não prestam, e ele soltou "(...) minha amiga sempre disse 'nunca vou ficar com um pobre', e hoje paga com a língua, está namorando com um cara que trabalha em telemarketing. HAHAHAHAHA". Gente, eu sai de perto, como pode? Se atentem que ele era apenas um boy, um contínuo... já namorei um operador de call center e NUNCA tive que pagar a conta, NUNCA passei vontade de nada, ganhava presentes bons, e ele ganhava por mês o que este contínuo ganha em 3 meses. Qual é? Vamos parar com isto!

Trabalhamos 6 horas por dia sim, e não devemos ser considerados vagabundos por isto! 6 horas é pouco pra quem está de fora, mas quero ver aguentar ficar 6 horas com pausas pequenas de 10 a 20 minutos pendurados no telefone, ouvindo ironias e desaforos, tendo que ser xingado porque o cliente teve um mal dia e resolveu descontar no pobre infeliz que só está querendo ajudar.

E digo que o preconceito começa com os próprios operadores porque você jamais vai chegar na sala de faculdade, perguntar para alguém qual o emprego e ouvir um "Sou operador de call center, pago minha faculdade desta maneira!". Numa balada: "então, o que você faz da vida?" "Po, sou operadora de call center!". JA-MAIS! Aliás, se nos encontrarmos por aí, você ouvirá da minha boca.. rs

Vesti a camisa mesmo, dou minha cara a tapa mesmo. Não estou roubando, não estou matando, não estou fazendo nada que fuja dos parâmetros que a sociedade impõe. Estou trabalhando, para garantir o meu sustento e a realização do que eu almejo. Pago todos os impostos, pago até sindicato. Por que então, tenho que ser discriminada pelo que faço? Comigo não, José!!

Vou finalizar com a minha Mafalda perfeita e cheia de razão. A democracia está mesmo longe de existir.




Beijo, não se assustem com este post revolts, rs

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